Diego São Paio é candidato a prefeito em São Gonçalo pela Rede
Foto: Mariana Cardinot
Dando continuidade a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de São Gonçalo, o blog "A política RJ" entrevistou o administrador, vereador e candidato à Prefeitura de São Gonçalo pela Rede Sustentabilidade, Diego São Paio. Casado, pai de uma menina e morador do Colubandê, agora é candidato a prefeito. Confira a entrevista cedida por ele ao nosso blog, onde apresenta suas propostas para diversas áreas da cidade.

Por que o senhor é candidato a prefeito de São Gonçalo?

A cidade está abandonada devido a más decisões políticas. Ando pelas ruas e vejo o quanto o gonçalense está cansado de falsas promessas e lideranças ‘ficha suja’. Nasci e cresci aqui, sei que a cidade poderia estar melhor. Precisamos de menos politicagem e mais trabalho. Por isso, me candidatei. Sou um administrador que entrou na política para lutar pela cidade, para combater a corrupção. São Gonçalo precisa de alguém para colocar a cidade nos trilhos e fazê-la crescer novamente. Somos uma proposta de mudança real para tirar São Gonçalo do atraso. Formando o governo com as pessoas mais capacitadas e incentivando o cidadão a fazer valer os seus direitos, vamos atender às reais necessidades da população.

Para você, qual é a área que necessita urgentemente de mais atenção do poder público? Qual é sua proposta para ela?

O sucesso de todas as áreas depende de uma administração pública profissional. Precisamos acabar de vez com esta cultura de apagar incêndio, que desperdiça recursos e não atende às reais necessidades da população. Se o gonçalense anda na lama e no esgoto hoje e a rua dele consta como pavimentada, é por falta de gestão. Não podemos mais aceitar isso! Vamos implantar um “choque de gestão”, para mudar a maneira de governar. Precisamos de políticas públicas sérias, executadas pelos profissionais capacitados, que saibam planejar as ações, desde os cronogramas de obras até os pagamentos dos servidores. 

Cite três pontos que considera importantes do seu plano de governo.

A administração profissional, com transparência nas contas públicas e tolerância zero com a corrupção; o trabalho de planejamento integrado para a segurança pública e os investimentos tanto na área da saúde, para ampliação de leitos e oferta de novas UPAs, quanto na educação, com a valorização dos professores e oferta de mais vagas em creches.

Como pretende viabilizá-los?


Vamos dar transparência às licitações, às políticas de incentivo fiscal e aos gastos, além de formar o governo com um quadro técnico capacitado. O combate à corrupção permite que a verba disponível seja aplicada no projeto certo e, assim, garante que os recursos rendam mais e não sejam desperdiçados. Vamos criar cinco subprefeituras, as Prefeituras Auxiliares Zonais (PAZ), para aproximar os serviços públicos dos bairros. Elas vão ajudar a acompanhar e a atender as urgências de cada região, reduzindo a burocracia.

Nós vamos pensar segurança de forma integrada com outras áreas, como educação, cultura, esporte e infraestrutura, assim como foi feito na Colômbia. Cidades com índices altíssimos de criminalidade conseguiram reduzir a violência a partir da adoção de uma Cultura Cidadã, que investiu em melhorias nas comunidades e na aproximação da polícia com a população. 

É preciso executar os  Planos de Cargos e Salários, seja na Educação, na Saúde ou  e inserir as categorias que ainda não são contempladas. Vamos priorizar a capacitação continuada dos servidores e o acompanhamento de saúde. As merendeiras, por exemplo, têm uma vida útil curta devido ao desgaste. Queremos dar qualidade de vida ao servidor, pois independente do governo, ele está na administração, se dedicando pela cidade. 


Tendo em vista o baixo orçamento da cidade e a atual crise nacional, como pretende administrar o orçamento municipal para implantar os seus projetos de governo?

Combatendo a corrupção e fazendo uma administração eficiente. Temos que aumentar a arrecadação, sem criar mais impostos. Para isso, é importante atrair novos investimentos. A burocracia e a falta de credibilidade tem afastado a cidade do cenário industrial, mesmo com a posição estratégica, às margens da Baía de Guanabara e com três importantes rodovias. Vamos criar a “Casa do Empreendedor”, um espaço para atender às necessidades desde o microempreendedor ao grande investidor. A Prefeitura precisa estar de braços abertos, pois o comerciante gera emprego e renda na cidade, faz a economia girar. Também é um compromisso nosso diminuir a burocracia na concessão de alvarás e na legalização dos negócios informais e dos ambulantes.

Como pretende enxugar a máquina pública para garantir mais investimentos para a áreas de esporte e cultura, por exemplo, nas quais a maior parte do orçamento é para gastos com pessoal e não há investimento? 

Enxugar a máquina é importante para todas as áreas. Acreditamos na transparência nos contratos e no debate com a população para definir os investimentos de forma profissional e democrática. Se a cultura e o esporte estão abandonados hoje, não é por falta de dinheiro, e sim por falta de gestão. Hoje, do orçamento de R$ 7,3 milhões para a Secretaria de Esporte e Lazer, apenas R$142 mil ao ano são investidos em projetos no esporte, daí temos atletas que precisam fazer ‘vaquinha’ para competir. Vamos retomar os jogos escolares e criar um fundo de financiamento de atletas. Na cultura, temos a meta de estabelecer 1% do orçamento anual. Queremos aprovar o Plano Municipal de Cultura, garantir a assistência aos grupos, criar um calendário cultural e incentivar vertentes fortes na cidade, como o grafite e o hip hop.

Qual é seu projeto para áreas emergenciais, como segurança e saúde?

Vamos equipar os postos de saúde e garantir especialidades da atenção básica, como ginecologia e cardiologia, para desafogar os pronto socorros. O morador que tenta marcar um exame hoje, só consegue data para o ano que vem. Isso porque os pedidos ainda chegam em papel e só há três funcionários no PS Central responsáveis por esse processo. Teremos um computador em cada unidade de saúde, interligado a uma rede central, para que o médico faça o encaminhamento pela internet, evitando filas. 

A Prefeitura tem um papel essencial na segurança pública, que tem sido negligenciado. Vamos reivindicar investimentos do governo estadual, pois temos apenas 570 policiais para uma cidade de 1,3 milhão de habitantes, e iniciar o PROEIS, um programa em que o município paga o PM para trabalhar na folga. 

É urgente fortalecer e valorizar a Guarda Municipal, com uma sede própria, equipamentos, reajuste da ADF e a meta de alcançar, pelo menos, 500 servidores. Queremos modernizar o sistema de iluminação pública, instalando lâmpadas LED, que duram mais, e com cadastro e acompanhamento online das solicitações de reparo pelo morador, para que os pedidos de trocas de lâmpada sejam atendidos de forma mais rápida. 

Este é o primeiro bloco de entrevistas com candidatos a prefeito de São Gonçalo ao blog "A política RJ". O segundo bloco de entrevistas será publicado na próxima sexta-feira, dia 30. Curta nossa página no facebook e acompanhe: www.facebook.com/apoliticarj