Marlos Costa é candidato a prefeito pelo PSB
Foto: Divulgação 
Casado, pai de 3 filhos, morador de Alcântara e formado em direito, Marlos Costa, candidato a prefeito de São Gonçalo pelo PSB, também é analista do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e vereador na cidade. Como candidato a prefeito, Marlos Costa defende que a Prefeitura tem que ser devolvida para os cidadãos gonçalenses. Confira a entrevista cedida por ele ao blog "A política RJ".

Por que se candidatar a prefeito de São Gonçalo?

Me sinto preparado para assumir a função de prefeito. Em quase oito anos como vereador, busquei resgatar o verdadeiro papel do legislador, priorizando a fiscalização e a criação de leis em detrimento das políticas assistencialistas; conto com a minha experiência como advogado e auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no acompanhamento e fiscalização dos governos municipais e estadual. Quero ser Prefeito para resgatar a autoestima do gonçalense, mostrando que a segunda cidade do estado pode ter uma qualidade de vida para sua população.

Para você, qual é a área que necessita urgentemente de mais atenção do poder público? Qual é sua proposta para ela?

Todas as áreas necessitam de atenção, mas tratar de segurança pública é uma questão de prioridade. Nossa cidade vem sofrendo com os altos índices de criminalidade e um Prefeito não pode atribuir a responsabilidade somente ao Estado, tem que ter coragem para dialogar com a esfera Estadual e Federal. É preciso criar mecanismos no município como o fortalecimento da guarda municipal, por exemplo, para que os gonçalenses voltem a ter sensação de segurança no seu ir e vir.

Hoje, temos uma legislação federal que estabelece que a Guarda Municipal pode apoiar o policiamento ostensivo. Vamos dobrar o efetivo da GM, que hoje tem menos de 400 profissionais, quando deveria ter mais de mil. Então, vamos dobrar esse número para 800 guardas. Vamos também fazer um convênio com a PM, aproveitando os policiais lotados no 7ºBPM, em horário de folga. É uma das nossas prioridades, porque a gente sente que a população está insegura e a Prefeitura tem que exercer seu papel. Além de reivindicar o aumento do efetivo para o 7ºBPM, onde hoje, temos menos de 500 policiais.

Cite três pontos que considera importante do seu plano de governo.

Segurança, saúde e educação.

Como pretende viabilizá-los?

Para segurança, como já citado vamos criar mecanismos no município como o fortalecimento da guarda municipal, por Policiais Militares nas ruas em suas horas de folga (PROEIS), melhorar a iluminação pública da cidade,entre outros. Queremos que nossa população volte a ter a sensação de segurança no seu ir e vir.

Na saúde, como prefeito  quero reordenar e reformular o programa “Saúde da Família”, que hoje não atinge mais do que 30% da população. Vamos reformular o programa criando as Clínicas da Família, que serão estruturas que abrigarão até oito equipes, instaladas em todos os distritos, com ginecologia, geriatria e pediatria. Hoje, apenas cerca de 10% das mulheres que buscam a rede pública conseguem fazer exame preventivo. Na área de Emergência e Urgência, a gente vai colocar para funcionar de verdade o Pronto Socorro de Alcântara, que não tem nem ortopedista. Vamos reabrir a emergência de Arsenal, fechada há seis anos. Outra ideia é a abertura dos postos em horário estendido. Nos dias de semana, os principais postos da cidade funcionarão de 8h até 20h, e também aos sábados.

Na educação, vamos priorizar a Educação Infantil aumentando número de vagas; implantar gradativamente o ensino integral nas escolas do município, dando prioridade às unidades em área de risco social elevado; implantar educação 100% inclusiva, capacitando os profissionais para esse fim; racionalização da gestão escolar e articulação com os programas de assistência social da prefeitura nas escolas e acabar com a aprovação automática.

Tendo em vista o baixo orçamento da cidade e a atual crise nacional, como pretende administrar o orçamento municipal para implantar os seus projetos de governo?

O orçamento gonçalense gira em torno de R$1,1 bilhão, sendo que apenas 30% deste valor é composto por recursos próprios, ou seja, arrecadação de IPTU e ISS. A outra parcela provém de transferências do governo estadual e federal, garantidos pela Constituição. É evidente que uma boa relação junto às instâncias superiores é importante para obtenção de investimentos, porém é possível ampliar a arrecadação local sem aumentar tarifas ou criar novos impostos. Uma alternativa é facilitar a regulamentação de imóveis. Quero que a Prefeitura tenha uma equipe que possa executar este serviço de graça. Outra forma de obter mais recursos é atrair empresas para as três rodovias que cortam a cidade.

Como pretende enxugar a máquina pública para garantir mais investimentos para as áreas de esporte e cultura, por exemplo, onde maior parte do orçamento é para gasto com pessoal e na há investimento? 

Cortando gastos desnecessários. Nossa primeira questão será realizar uma profunda auditoria em todos os contratos que o atual governo celebrou, há gastou desnecessários, sem dúvidas nenhuma, na área de iluminação pública, na área da merenda escolar, nas áreas dos medicamentos, a cidade gasta mal com esses contratos. Existem muitas pessoas contratadas, pela prefeitura, sem concurso público, precisamos melhorar nosso serviço público, até mesmo para que possamos melhorar nossa arrecadação.

Para crescer as receitas próprias é preciso um corpo de servidores qualificados, para que possamos ter uma arrecadação maior, hoje um gonçalense e um pequeno empreendedor que tentam legalizar o seu imóvel ou o seu negócio, não conseguem, pois encontram uma série de entraves. Vamos aumentar nossa arrecadação, sem aumentar nossos impostos, fazendo somente que a Prefeitura possa ter a capacidade de receber todos os cidadãos que queiram estar em dia. Além de diminuir o número de secretarias e nomeados.

Com isso sobrará para investir em outras áreas como esporte e cultura, onde considero  a atividade esportiva, integrada à cultura e ao lazer, como um elemento fundamental para a construção do bem-estar e convivência cidadã, bem como parte de uma política preventiva de saúde pública.

Qual é seu projeto para áreas emergenciais, como segurança e saúde?

A saúde, como já citei anteriormente, vamos melhorar o atendimento na rede pública de saúde de São Gonçalo, reformulação da Estratégia de Saúde da Família; informatização da Rede, ações preventivas para as doenças negligenciadas e fortalecimento da vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental. Vamos criar as Clínicas de família para oferecer diversas especialidades ao povo. Vamos abrir os principais postos de saúde da cidade aos sábados e estender o horário de funcionamento para 20h. E vamos reorganizar a rede de emergência e urgência que está desmantelada.

Já citado anteriormente, na questão de segurança pública, o município tão grande como o nosso não pode se dar ao luxo de não ter um programa de governo no sentido de trazer mais segurança para os cidadãos. Vamos também fazer um convênio com a PM, nos moldes que já acontece no Rio, como o programa “Lapa Presente”, aproveitando os policiais lotados no 7ºBPM, em horário de folga.

É uma das nossas prioridades, porque a gente sente que a população está insegura e a Prefeitura tem que exercer seu papel. Além de reivindicar o aumento do efetivo para o 7ºBPM, onde hoje, temos menos de 500 policiais.

Este é o primeiro bloco de entrevistas com candidatos a prefeito de São Gonçalo ao blog "A política RJ". O segundo bloco de entrevistas será publicado na próxima sexta-feira, dia 30. Curta nossa página no facebook e acompanhe: www.facebook.com/apoliticarj